data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: arquivo pessoal
O comerciante Idelfino Conegatto, 94 anos, nasceu em Porto Lucena e teve sete irmãos. Ele foi casado, por 70 anos, com a dona de casa Antonina Rigo Conegatto, 88. Eles tiveram os filhos Luis Carlos, Ismar José, Rossi Maria e Marco Antonio, 11 netos e 7 bisnetos.
O porto-lucenense perdeu o pai ainda na adolescência. Ele deixou a cidade natal ainda jovem, a fim de estudar em Passo Fundo, onde se formou como técnico em contabilidade. Depois, se mudou para Santo Ângelo para trabalhar em um banco.
Conforme a filha, os pais contavam a respeito da época em que se conheceram. Antes de se casarem, trocavam inúmeras cartas de amor, que guardaram e, hoje, formam um livro de recordações para a família.
- Meus pais viveram uma linda história juntos. A relação deles era de cuidado e carinho, que se acentuou ainda mais nos últimos anos. Ele protegia e era preocupado com o bem-estar da companheira.
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Depois de Santo Ângelo, a família também morou em Porto Alegre, onde o porto-lucenense trabalhava como caminhoneiro, como o sogro.
O casal e os filhos mudaram-se para Santa Maria em 1963. No ano seguinte, Idelfino fundou uma revenda de pneus.
- Ele trabalhou com afinco e progrediu. A empresa era uma das prioridades dele, que dedicou grande parte do tempo aos negócios - diz Rossi.
Confira a coluna de Tânia Lopes na Revista Mix: O Menino
Para a filha, o pai foi exemplo de amor e sabedoria:
- Observador, ele acompanhava nossas rotinas. Caso fosse necessário, ele interferia para ajudar.
Rossi via em Idelfino um amigo com quem podia conversar e se aconselhar em momentos difíceis:
- O pai me passou importantes lições, sempre com exemplos. Depois de uma situação complicada, ele disse "quando colocamos as melancias no caminhão, elas ficam desajeitadas. Mas, na metade do caminho, elas se organizaram".
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De tudo o que aprendeu com o pai, a filha grava as ilustrações. Certa vez, ele colocou uma maçã podre junto de uma boa, a fim de mencionar as possíveis consequências que as influências negativas podem deixar.
Ismar, convivia bastante com o pai. Segundo ele, Idelfino dava exemplo na prática. Além do mais, era modelo de carinho e generosidade.
- Amoroso, ele uniu nossa família. Como legado, nos deixou a importância da ética e da honestidade.
Idelfino Conegatto morreu de causas naturais em 20 de junho. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria.